DIABETES E IMPOTÊNCIA SEXUAL
O diabetes é uma causa
frequente de impotência sexual. Entre 30 a 50% dos pacientes diabéticos mal
controlados são afetados por problemas de ereção.
E
como se explica esta relação Diabetes e Impotência Sexual?
Esta maior predisposição dos
diabéticos para sofrerem de impotência relaciona-se com o que é normal na
evolução da doença: as complicações vasculares e neurológicas da diabetes.
O fator mais importante além
da duração da doença é a falta de controle adequado, já que nestes casos
aparecem alterações nos vasos sanguíneos e nos nervos que são os principais
elementos responsáveis pela ereção.
O
que é a impotência?
Para poder definir de forma
adequada o que em Medicina se entende por impotência é importante esclarecer
previamente algumas questões:
O
órgão sexual masculino pode encontrar-se em dois estados:
- Estado basal ou de relaxamento (flacidez) que é o habitual incluindo quando realiza a sua função de condutor de urina.
- Estado de excitação ou ereção, relacionado diretamente com a atividade sexual
Nesta última forma o pênis
aumenta de tamanho e consistência, de forma progressiva e ao longo de um tempo
que pode ser muito variável. Torna-se mais rígido, eleva-se sobre o plano
horizontal, colocando-se diante do abdômen e permitindo a penetração durante o
ato sexual.
Denomina-se de impotência a
impossibilidade de alcançar ou manter o estado de ereção suficiente para
permitir uma relação sexual.
Anatomia do Pênis
O pênis é formado por três
cilindros que consistem em dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso.
O corpo esponjoso
encontra-se ao meio, abaixo dos corpos cavernosos, contém a uretra e termina
numa expansão distal a glande.
Os corpos cavernosos são
dois corpos laterais responsáveis pela rigidez do pênis.
No seu interior existem
múltiplas cavidades constituídas por músculo liso e que se vão se enchendo de
sangue durante a ereção até alcançar a rigidez completa.
A ereção alcança-se graças à
capacidade do pênis em se preencher de sangue.
Estímulos múltiplos diretos ou
psicológicos podem pôr desencadear este mecanismo.
Todo o processo está
controlado pelo sistema nervoso, havendo um componente consciente voluntário e
outro inconsciente reflexo.
Assim, serão causas de impotência na diabetes, alterações que podem se desenvolver ao longo da doença:
- Alterações vasculares afetando as artérias que irrigam o pênis;
- Alterações nervosas pela neuropatia que atinge a inervação desta zona;
- Alterações hormonais, que além da insulina pode ocorrer em outros hormônios;
- Alterações psicológicas em pacientes que sofrem de doença crônica, podem predispor a fatores psicológicos com incidência negativa na qualidade de vida e no funcionamento sexual.
- Os medicamentos, que por vezes o diabético precisa tomar pela presença de outras doenças, podem também afetar a ereção.
O que fazer no caso de surgir uma disfunção (Impotência)?
Normalmente o paciente
deverá ser encaminhado para o Urologista, especialista neste campo. A ele vai
caber analisar, estudar o caso e propor a solução que a ele melhor se adapte.
Hoje em dia existem diversas
opções de tratamento que permitem corrigir ou melhorar este problema em quase
todos os pacientes.
Assim, temos:
- *Tratamento hormonal se houver alguma deficiência.
- *Psicoterapia efetuada por profissionais especializados nesta área, se a parte psicológica tiver um papel importante nesta disfunção.
Mulheres
Há poucos estudos
relacionando a diabetes aos problemas sexuais femininos. Um deles, feito em
2008, aponta que algumas mulheres diabéticas se queixaram de falta de lubrificação
vaginal e dor durante a relação. O número foi maior do que da parcela das
mulheres que não possui diabetes.
O trabalho detectou também
que o número de diabéticas com problemas conjugais foi maior e que, entre todas
as entrevistadas, dependentes de insulina ou não, a depressão era uma sombra
sobre o relacionamento conjugal. “As disfunções sexuais na mulher parecem estar
intimamente relacionadas a fatores psicológicos”, afirma a ginecologista Paula
Enzlin.
O que os ginecologistas
percebem é que há, sim, algo físico nessa história. Um exemplo é a maior
propensão das diabéticas às infecções vaginais como a candidíase.
A Candida albicans é um fungo que prolifera em ambiente úmido, ainda
mais quando conta com fartura de glicose no local. Provoca ardor, coceira e
corrimento. O tratamento é tranquilo. “Basta ficar de olho no controle
glicêmico, para equilibrar a taxa de açúcar no sangue, e usar um creme
fungicida nas crises”, esclarece a médica.
Quanto à falta de
lubrificação, pode estar relacionada à vinda precoce da menopausa, mais comum
em diabéticas do tipo 1 ou pacientes que não monitoram a doença. Nada que um
lubrificante não possa ajudar.
O fator psicológico também
não deve ser descartado, mesmo porque se sabe que as diabéticas estão mais
sujeitas à depressão. Lidar com a doença desde pequena ou receber a notícia
repentinamente, em idade mais avançada, são fatores que podem “desregular” a
libido. A saída pode parecer simples, mas costuma ser eficiente no
relacionamento a dois: relaxar e aproveitar a sexualidade sem “levar a diabetes
para a cama”.
Fontes:
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