Gorduras saturadas e trans não combinam com você
DIABÉTICO: gorduras saturadas e trans não combinam com você!
Apesar do risco que representam à saúde, os
alimentos ricos em gordura estão na mesa de todos os brasileiros. Quem é que
resiste àquele churrasquinho no fim de semana, àquele café da tarde com
biscoitos amanteigados, ou então àquela feijoada com todos os itens a que se
tem direito? Com todas essas delícias, fica até difícil aderir a uma dieta com
teor reduzido de gordura! Mas, DIABÉTICO: Saiba que, infelizmente, as gorduras
saturadas e trans não combinam com você!
A descompensação do diabetes na idade adulta normalmente se associa à
obesidade. Por isso, consumir adequadamente gorduras saturadas, poli-insaturadas
ou monoinsaturadas pode controlar o peso, melhorar o diabetes com a diminuição
da resistência à insulina, e ainda diminuir os riscos de doenças
cardiovasculares.
Considerando-se a predisposição dos diabéticos à dislipidemia (aumento
dos níveis de gorduras no sangue), é possível se compreender a importância da
manutenção dos níveis normais de gorduras sanguíneas.
As gorduras saturadas fazem com que haja o aumento dos níveis de
colesterol sanguíneo (hipercolesterolemia), e caracterizam-se pelas gorduras de
origem animal, exceto as existentes no peixe e no marisco. Por sua vez, os
óleos de coco, de dendê e a manteiga de cacau (gordura presente no chocolate),
são exemplos de gorduras vegetais saturadas que devem ser consumidas com
cautela. O recomendável é uma pequena porção ao dia.
Gorduras (manteiga, sebo e banha de animais) e óleo (de coco e de
semente de palmeira) com alto teor de gorduras saturadas tendem a se tornar
duros à temperatura ambiente. Os óleos líquidos à temperatura ambiente são
ricos em gorduras insaturadas, possuindo baixo teor de gorduras saturadas e
podem ser utilizados para ajudar a reduzir o colesterol no sangue. Como
exemplos, temos os óleos de girassol, soja, milho, o azeite de oliva e colza
(canola). Os óleos hidrogenados são endurecidos mecanicamente para produzir
margarinas. A isto se dá o nome de “gordura trans”. Seus efeitos sobre o
colesterol sanguíneo dependem do grau de hidrogenação. Leia sempre os rótulos
nos potes das margarinas e dê preferência àquelas que possuem óleo hidrogenado
como segundo ingrediente, em pouca quantidade.
Segundo a nutricionista Maria Jucila Aguéra Sale (CRN nº 4962), a
preparação dos alimentos pode influenciar bastante no consumo de gorduras.
Alimentos assados, cozidos ou grelhados são mais saudáveis, pois a temperatura
dos óleos utilizados em frituras aumenta o teor de gorduras saturadas. As
gorduras desprendidas da carne pelo cozimento devem ser evitadas. Deve-se
remover toda a gordura visível nas carnes, bem como a pele das aves, antes do
cozimento. Já os peixes podem ser mantidos em conservas de molho de tomate sem
gordura, ao invés de permanecerem em conservas de óleos. Os vegetais, por sua
vez, devem ser condimentados com ervas ao invés de molhos gordos ou manteiga.
O leite integral pode ser substituído por leite parcialmente ou
totalmente desnatado. Os queijos produzidos com leite total ou parcialmente
desengordurado são os mais indicados para os diabéticos. Queijo fresco (tipo
quark ou cottage) e ricota são duas ótimas opções.
O consumo controlado de gorduras saturadas tende a limitar a ingestão
de colesterol, salvo algumas exceções como camarão, caranguejo, lagosta, siri e
outros crustáceos, que possuem baixo teor de gordura, porém alta taxa de
colesterol. Todavia, podem ser consumidos ocasionalmente, dentro dos limites
recomendados. Vísceras (rins, miolos, fígado, pâncreas, etc.) são fontes
riquíssimas em colesterol. Portanto, recomenda-se evitá-las.
A gema de ovo, apesar de possuir tanto gordura saturada como
colesterol, também possui outros nutrientes, como as Vitaminas lipossolúveis:
A, D, E, e K, vitaminas do Complexo B incluindo a B12, além dos minerais:
ferro, fósforo, manganês, potássio e sódio. Mesmo que ingerido inteiro, o ovo
apresenta uma quantidade calórica baixa, cerca de, 76 kcal e 7g de proteína,
sendo 4g na clara e 3g na gema.
Hoje, com o avanço da tecnologia e a praticidade já se pode encontrar
o ovo na forma desidratada, muito utilizado em indústrias.
A gordura da gema dos ovos é insaturada, apresentando efeitos protetores
com relação à arteriosclerose. Por outro lado, na gema existe o colesterol. O
consumo de ovos, às vezes, é criticado com o argumento de que o colesterol
presente na gema pode ser prejudicial à saúde, estimulando a arteriosclerose.
Alguns aspectos devem ser esclarecidos. Os níveis de colesterol no
sangue acima de 220 mg estão estatisticamente relacionados com a maior
incidência de arteriosclerose. O colesterol, no entanto, tem funções tão
importantes, que o organismo possui um complexo sistema de síntese desta
substância mediante estímulos.
Entre as principais funções do colesterol está a síntese da
testosterona, o hormônio anabolizante natural do organismo, cuja síntese é
estimulada pelos exercícios, principalmente aqueles com peso. Quando se aumenta
a ingestão de colesterol pela alimentação, o organismo diminui naturalmente a
síntese do hormônio testosterona, regulando os níveis sanguíneos do mesmo.
Pessoas com uma predisposição genética para desencadear
arteriosclerose têm uma elevação do nível de colesterol no sangue mesmo sem o
consumo de ovos na alimentação. Portanto, pode-se sim consumir os ovos, mas
sempre é bom ter uma certa moderação.
Uma dieta rica em fibras (cereais integrais, frutas, legumes e
verduras) ajuda o organismo a baixar os níveis sanguíneos do colesterol LDL
(aquele que pode causar a arteriosclerose). Para algumas pessoas, pequenas
modificações podem causar uma diferença significativa nos níveis de gorduras
sanguíneas. Para outras, são necessárias modificações mais radicais. Consulte
seu médico e seu nutricionista para um bom controle alimentar. Eles irão criar
o seu cardápio de acordo com as suas reais necessidades.
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